segunda-feira, 21 de maio de 2012

Dia Quatro - Entrando na onda


Nossos lanches estão sob controle e, devagar, vamos aprendendo a nos servir. Hoje almoçamos no Villa Geraes, e como o Eduardo estava na balança, pudemos pesar por partes chegando à relação de volume x valor de arroz e feijão que acreditamos ser a mais próxima do ideal.

Martha
 
Shyrley

sábado, 19 de maio de 2012

Dia Três - Boas-vindas às frutas

Comemos no Santa Helena. Apesar da variedade ser menor, acho a comida de lá mais leve.

Shyrley 
260g
Martha
252g = 9 pontos



















O problema aqui é esse pãozinho de alho... se fosse só pão e alho, mas não é - tem, pelo menos, manteiga e queijo. Pronto, comi. Não resisti.


A Shyrley comeu  que, com suco = 2 pontos mas sem suco = zero

Depois do almoço, ou seja, sem sermos tentadas pelo pecado da gula, Shyrley e eu fomos às compras. Nunca vi tanta fruta num carrinho só: maçã, melancia, morango, pera, ameixa. Pera e ameixa são pra Shyrley, mas 3 em 5 já é alguma coisa. Frios, pães, leite, geléia, sardinha, tudo lindo. Vamos ver no que vai dar.

Mais tarde tomamos um lanche bem cor-de-rosa:


3 morangos c/ 200ml leite semi + 2 torradas integrais c/ 1 c.sobremesa geleia light = 5,5 pontos


Duas horas depois, believe it or not, comemos melancia. Muita gente que me conhece não acreditaria. Mas há testemunhas.


Bem, depois de tantas frutas é claro que eu tinha que pisar na bola. O macarrão de terça-feira havia sobrado e seria um desperdício deixar estragar. Mas pra não dizer que não fiz nada de útil, medi uma xícara de macarrão que, diga-se de passagem, é suficiente para uma pessoa educada.


 
 1 xícara de macarronada
1 xícara de macarronada     
Como não é o meu caso, comi duas.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Dia Dois - neura total

Dia novo, vida nova. Pelo menos, foi o que me disseram. Eu deveria esquecer as toneladas de macarronada da noite anterior e começar de novo. Nesse dia, eu ainda não sabia quantos pontos extras eu tinha consumido e achava que o meu caso estava perdido. Mesmo assim, com o apoio da Shyrley e, mais tarde no mesmo dia, do grupo, decidi continuar.
De manhã, farinha láctea com leite semi-desnatado com consistência de vitamina cabe na cota de pontos sem chegar a extrapolar. E alimenta bem. Se o leite for desnatado, ganha-se um ponto. Mas como eu não tinha aquela água branca em casa, foi o semi-desnatado mesmo.

4 c. sopa de Farinha Láctea + 1 xic. de leite semi = 6 pontos

Se eu acordar às 9:00h, isso é suficiente até o almoço por volta de 12:00h. Se acordar mais cedo, uma fruta  entre as refeições resolve o problema. E o melhor de tudo:

1 fruta = 0 ponto


Não que fruta seja a paixão da minha vida, mas a gente vai se acostumando. Afinal, este não é um programa de re-educação alimentar? É um processo de aprendizado - às vezes a gente erra, às vezes acerta, mas acaba aprendendo. Hoje almoçamos na Cantina Bom Sabor que é perto do Number One.

Martha - 296g = 16 pontos

Shyrley - 292g + 78g = XX pontos

Talvez pra compensar o fato de eu ter comido macarrão até a tampa no dia anterior, resolvi ser rígida comigo mesma e sobre-taxei o meu almoço. Nos dias que estavam por vir tanto eu quanto a Shyrley começamos a ter melhor noção de quantidade.

Nosso lanche da tarde foi ótimo - sem sacrifício e gostoso.

2 fatias pequenas de pão integral
2 fatias de peito de peru
1/2 c.s. de Deleite
Pimentão amarelo e vermelho
Alface 
Cenoura

1 sanduíche natural + 200ml Tang laranja = 4,5 pontos


À tardinha uma maçã, à noite outro sanduíche natural e, de sobremesa, comi três Chocookies. Sou viciada em Chocooky e, conversando com os meus botões, resolvi me dar o direito de comer 2 Chocookies todos os dias. Acho que assim a chance de eu comer um pacote inteiro depois de uma semana de privação vai ser menor.


2 Chocookies = 4 pontos

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Dia Um - um longo dia

Dia 08, terça-feira, foi o primeiro dia da nossa empreitada. O programa dos Vigilantes do Peso é baseado em uma distribuição de pontos consideravelmente confortável; mas pra garantir mais pontos no final do dia, decidi levantar mais tarde e pular o café da manhã. Péssima estratégia. Temos 26 pontos para gastar ao longo do dia, dos quais mais ou menos 10 pontos são indicados para o almoço. Mas quem consegue gastar só 10 pontos no almoço depois de ficar 14 ou 15 horas sem comer? EU!!! Primeiro dia de re-educação alimentar é igual a primeiro dia de aula - a gente faz tudo certinho até chegar em casa, quando joga a mochila no chão e se esparrama no sofá. Mas como o dia só está começando, tudo bem - educação total. Almoçamos no restaurante da Dona Dochinha, onde acontecem as reuniões dos Vigilantes do Peso. Que pratos lindos! Mais tarde descobrimos que, na verdade, a quantidade de arroz e feijão que consumimos é quase do dobro que deveria ser. Oops! Too late! Pelas minhas contas, gastei 11,5 pontos no almoço. Vocês acreditam que UM, unzinho, só um ovo de codorna vale 0,5 ponto?


Três horas mais tarde, depois de resolver problemas, pagar contas e enfrentar uma fila de um supermercado in-su-por-tá-vel, cheguei ao Number One com torradas light, sardinha light e queijo frescal. E vamos às contas. (Antes: quando fui preparar o paté de sardinha com queijo, virei parte do conteúdo da lata em cima de mim na tentativa de ler a tabela de nutrientes. O resultado foi a cozinha e eu com cheiro de sardinha até a hora de ir embora. Desenvolvi, então, o hábito de fotografar não só o que comemos, mas também a tabela nutricional dos alimentos industrializados que não estão no guia dos OA, para facilitar o cálculo de pontos.)

Pela nossa matemática pueril, poderíamos comer 3 torradas com uma mistura seca de sardinha e queijo. Apesar de não soar muito bem, até que não estava ruim. É claro que se tivesse um pouquinho de maionese teria ficado muito melhor, mas como o sabor estava bom, um copo de 200 ml de Tang de laranja ajudou a empurrar. Aliás, beber enquanto se come é um assunto que eu ainda quero pesquisar.


Mais tarde uma maçã fofa (Argh!!!) e antes de ir embora alguma coisa leve e permitida.

Mas chega uma hora que a gente tem que ir pra casa, e é lá que mora o perigo. Estava fazendo muito frio e uma comidinha quentinha seria bem vinda.O problema é que, até onde eu sei, comida quente é calórica, exceto sopa de aipo e repolho (rsrssrs), o que está fora de cogitação. Eu, achando que era educada, pensei: "Vou pedir um espaguete à bolonhesa na Fiorenza, divido a porção em quatro menores e como uma por noite." Que linda teoria!

1 xícara de macarrão cozido (sem molho) = 6 pontos

Se eu tivesse dividido a porção em quatro, já estaria tudo errado porque, como descobri 2 dias depois, 1/4 de porção da Fiorenza tem, pelo menos, duas xícaras, o que equivale a 12 pontos. Mas naquela noite fria de terça-feira, com os olhos mais esfomeados que a barriga, eu comi, no mínimo, 4 porções que, sem contar o molho, já equivalem a 24 pontos. Ou seja, numa sentada, comi os meus 26 pontos do dia e mais alguns. Mas estava tão gostoso... Numa mistura de sentimentos - prazer, dúvida, arrependimento, culpa - lembrei de todas as vezes que eu falei pro Robson que ele comia porque tinha, não porque queria ou precisava comer. E eu fiz a mesma coisa. Eu comi porque havia comida. E só parei porque chegou um momento em que eu pensei que não fazia sentido eu continuar comendo, que eu já tinha comido muito mais do que deveria e até do que costumava comer, e que, daquele jeito, iria acabar passando mal. Nesse momento eu entendi a dificuldade que as pessoas têm em controlar a compulsão de comer e percebi como seria difícil para mim adquirir novos hábitos alimentares. Afinal, estava tão gostoso...

O primeiro de quatro pratos.


Fui dormir com a barriga cheia e a consciência transbordando.



Dia Zero

Eu e a Shyrley já vinhamos tentando participar de uma reunião do OA há algum tempo, mas vinhamos adiando por causa do trabalho. Dessa vez, parecia que ia dar tudo certo. Fomos nós duas para a reunião. Primeiro, tivemos que enfrentar uma fila que com o tempo foi ficando menor, não só porque ela, obviamente, diminuia, mas também porque as pessoas começavam a conversar e a relaxar. De cara, revi uma aluna que eu não via há uns 12 ou 13 anos e depois a mãe de uma atual aluna. Conversa vai, conversa vem, chega a nossa vez. Fichas preenchidas, blocos, guias e panfletos entregues e, finalmente, o momento mais temido - a hora da balança. Quando a gente se pesa, em casa ou na farmácia, a gente sempre dá uma roubadinha a nosso favor, nem que seja mudando o ângulo do olhar pra que o ponteiro pare em cima de um número que nos favoreça. Quando a balança é eletrônica, a gente desce antes do número final aparecer, e assim ficamos com crédito. Na hora da pesagem, porém, o nome Vigilantes do Peso se justifica. Não tem jeito. Tá ali, na cara da gente. E, pra não dizer que a gente esqueceu, o número fatídico fica registrado em papel. E em duas vias. Naquele momento você tem um fato (o seu peso atual) e uma perspectiva (a sua primeira meta).


Esse foi o maior peso da minha vida e espero que eu não bata novos recordes. E a meta, que em princípio parecia fácil de bater, na terça-feira à noite começou a parecer inatingível.

O começo

Segunda-feira, 7 de maio, deveria ter sido o primeiro dia de uma nova fase na minha vida, mas não foi. Explico: A gente costuma ter a mania de escolher a segunda-feira para ser o primeiro dia para as grandes mudanças da vida, mas dessa vez, foi a segunda-feira que me escolheu. Eu e a Shyrley, co-autora desse blog, fomos à reunião dos Vigilantes do Peso, que eu, carinhosamente, chamo de O.A. (Obesos Anônimos). Digo isso porque o OA é, não só uma entidade que educa ou re-educa as pessoas que têm maus hábitos alimentares, mas é também um grupo em que se trocam figurinhas, experiências, fracassos e sucessos e, principalmente, apoio. E foi o apoio da Shyrley que me fez participar da reunião na segunda-feira e foi também seu apoio que não me deixou desistir depois do primeiro dia, quando eu descobri quão difícil seria essa empreitada.

Eu não sou obesa. Na verdade, nem cheguei ao sobrepeso para minha altura. Meu peso está no limite do saudável, mas há muito tempo ultrapassou o limite do feliz. E é por isso que eu estou aqui: para mim, peso saudável não é só aquele que está adequado sob um prisma médico, nutricional ou científico, mas também psicológico, emocional, estético e qualquer outro adjetivo que se traduza em felicidade.

Espero que eu, a Shyrley e todas as pessoas que estejam tentando perder peso cheguem ao seu peso feliz. E, por aqui, nós vamos tentando emagrecer e manter esse blog na esperança de que ele ajude a nós mesmas e a qualquer pessoa que por acaso cruze nosso caminho. Saúde feliz para todos!!!